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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Luto



É mesmo o luto negro que sinto, uma parte de mim que morreu, apenas porque não soube mantela viva; uma parte de mim que sumiu, e agora já não sou bem eu, tive esperanças, tive dôr, agonia, amor, mas no fim nada fica, resta o vazio de ter querido e nada valeu, de ter amado e sei quem perdeu.

É mesmo o peso do luto negro de como posso continuar a viver sem acreditar a viver sem amar, a viver sem ter para dar, é o negro da indiferença dos outros da descrença em tudo o que sempre quis, familia, filhos, fica a vida que dei, os amores que amei, tudo aquilo que só eu sei, fico eu num corpo inerte que se tenta destruir devagarinho para poder sofer mais um bocadinho, estou feio por dentro, com desalento, vivo todo este tormento, até quando, se pode sofrer assim, ate quando se pode ser triste assim, não tenho pena de mim, mas sim daqueles que me rodeiam, pois estou so fisicamente sem nada para dar, sem rumo, sem mar, sem sol nem lua apenas, esta alma nua e claro o Luto de alguem que um dia quis dar...

No entanto Luto porque queria tanto poder voltar a dar!